Resumo
Este artigo examina o tratamento das operações financeiras intragrupo à luz da Lei nº 14.596/2023, com foco na aplicação do princípio da plena concorrência (arm’s length) a empréstimos, garantias corporativas, cash pooling e à requalificação dívida–capital. Discutem-se critérios técnicos de precificação, impactos fiscais, convergências com IFRS (substância econômica, mensuração e divulgações de partes relacionadas) e jurisprudência internacional recente que orienta a prática brasileira. O texto propõe caminhos de governança e compliance (políticas internas, benchmarks, documentação e ajustes compensatórios), destacando oportunidades de segurança jurídica — inclusive via APAs — e a redução de assimetrias entre relato contábil e apuração tributária. A abordagem integra legislação, regulamentação, diretrizes da OCDE e literatura especializada, oferecendo uma leitura prática e comparada do novo regime